domingo, 2 de dezembro de 2007

Back to 50's

Como foi noticiado no SERVIÇO, no último sábado rolou aqui em Santa Maria o show do guitarrista caxiense Rafa Schuler. Durante duas horas acompanhei-o fazendo violão base e percebi mais uma vez o tamanho da força que certas canções exercem sobre nós e o quanto elas nos transportam para determinadas épocas. Ao dedilhar os acordes de Sleepwalk, um clássico dos anos 50, que foi regravado por Jeff Beck, Brian Setzer, entre outros, me senti com oito anos. Com essa idade chorei ao assistir o filme La Bamba, em que essa música tem papel marcante dentro da trilha sonora. Uma melodia simples, porém, bela.
Após o bucolismo, houve um momento Elvis Presley, em que foram tocados alguns sucessos, como That's All Right Mama, Just Because e Suspicious Minds. Ao escutar a introdução imitando o barulho de um trêm de Mistery Train, percebi o quanto a obra de Elvis era ousada para sua geração. Uma música com aquele peso sendo lançada em 1954 era, no mínimo, um ato de extrema coragem. A interpretação do rei na versão original mostra que realmente Elvis era um cantor selvagem, com uma voz única.
Mas os aplausos mais sinceros vieram após a execução de What a Difference Day Mades, de Cole Porter. Este standard do jazz é uma prova de que, quando a música é bem feita, não há tempo que a envelheça. Será que, apesar da emergência de um número incalculável de banda a cada dia, não deveríamos voltar meio século no tempo e absorver a beleza, a arte e o prazer de se tocar uma grande canção?

Um comentário:

Renuska disse...

não. eu acho que a gente deve abrir uma garrafa de polar e beber tudo.
e só isso.
\o\